Glaucia Colognesi - no RDNews
Para o promotor Miguel Slhessarenko Júnior, Cuiabá possui déficit de vagas em creches e educação infantil e o programa reprimiu ainda mais essa demanda. O MP constatou que em 2 anos (2009 e 2010), a prefeitura deixou de arrecadar R$ 8 milhões com o ISSQN (imposto que as faculdades participante não pagam), dinheiro que poderia ser investido na expansão da educação básica.
Mauro Mendes (PSB), Adolfo Grassi (PPL) e até mesmo os candidatos considerados de situação, Guilherme Maluf (PSDB) e Carlos Brito (PSD), concordam com os argumentos do Ministério Público e, se eleitos, pretendem concentrar esforços no papel constitucional do município. “É um erro se meter a fazer a obrigação que é dos outros, quando o seu dever não está sendo cumprido. Existem milhares de filhos de trabalhadores que não têm acesso à creche”, diz Mauro.
“Se a prefeitura não atende sua função, como quer interferir na tarefa da União? O filho do pobre tem que ter acesso ao ensino superior, mas de outros meios. Se a prefeitura quiser abraçar tudo não consegue fazer nem o básico”, avalia Adolfo Grassi. Ele ainda vai além e diz que o MP interveio no programa, porque viu caráter politiqueiro.
Maluf e Brito não garantem se vão manter o programa. “Vou priorizar aquilo que é atribuição do município. Se puder manter o Bolsa Universitária manterei, mas com recursos de outras fontes. Temos que buscar parcerias com o Governo Federal e estadual para isso”, pondera Brito.
“Primeiro vou cumprir o papel constitucional. Hoje existem 8 mil crianças em Cuiabá que não têm acesso à creche. Vamos tentar resolver esse problema. Se sobrar recursos darei continuidade ao crédito educativo, pois é um ganho a mais para a população”, afirma Maluf. O tucano ressalta que esse déficit será amenizado com a entrega de mais 20 creches, cada uma com 200 vagas, pelo Governo Federal em Cuiabá. Dez já estariam em construção e outras 10 com o convênio assinado.
Carreata da Vitória - 26/08/2012 |
Lúdio, por sua vez, o único a garantir que vai dar continuidade ao projeto e ainda ampliar o número de creches em parceria com os programas do Governo Federal Pró-Infância e Brasil Carinhoso, defende que o Bolsa Universitária é algo importante para os cuiabanos. Ele afirma que vai manter a iniciativa, mas usando outras fontes de recursos, sem fazer isenção fiscal.
O petista acredita que com uma parcela da própria arrecadação do ISSQN poderá investir na pré-escola e ainda manter o projeto. “O Bolsa Universitária e o CuiabáVest são 2 ações positivas da gestão de Wilson e Galindo”, avalia.
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